Ciclo do produto
1. Plantio do algodão orgânico: Natural do interior da Paraíba, o algodão orgânico naturalmente colorido que utilizamos é produzido por pequenos agricultores e trabalhadores organizados inseridos na agricultura familiar. O cultivo está atrelado ao sistema da agroecologia, ou seja, sem o uso de agrotóxicos e produtos químicos sintéticos. Além disso, esse algodão é cultivado no regime sequeiro, sem irrigação, sendo suficiente para o plantio apenas as águas das chuvas. Todo esse processo é monitorado pela empresa certificadora Ecocert®, o que garante que todos os requisitos da legislação internacional para produtos orgânicos estejam sendo atendidos. Sem poluição do solo e das águas subterrâneas, esse modelo de cultivo é mais eficiente no uso de recursos e mais seguro para o meio ambiente e saúde das pessoas.
2. Transformando o algodão em fios e tecidos: Na primeira conversão industrial, o produto agrícola é transformado primeiramente em fios e depois em tecidos e malhas. Nessa etapa do processamento, também sob monitoramento da agência certificadora, todo o maquinário da fiação e tecelagem precisa ser higienizado para receber a fibra orgânica, para que não haja contaminação pelas fibras do algodão convencional. No beneficiamento têxtil, o algodão orgânico naturalmente colorido não passa por processo de branqueamento e nenhum tipo de tingimento químico sintético, visto que o algodão já nasce colorido. Já as tintas utilizadas na estamparia são elaboradas e extraídas a partir de matérias-primas naturais, a base de água e livres de solventes voláteis. Dessa maneira, mantemos a superfície têxtil dos nossos produtos livre de substâncias químicas agressivas a peles com hipersensibilidade, e evitamos o despejo de resíduos poluentes em afluentes decorrentes desses processos.
3. Finalmente... peças prontas para uso: O design e as modelagens das nossas peças foram desenvolvidos para você usá-las a qualquer momento e ocasião do dia sem incômodos, com maior segurança e autonomia nos movimentos do corpo. A sensação de frescor e leveza está associada às propriedades naturais da fibra de algodão orgânico, melhorando na absorção do suor e respiração da pele na região íntima. Aliando beleza e conforto ao uso cotidiano com objetivo de otimização máxima do uso do produto, também procuramos aumentar o seu grau de sustentabilidade, evitando a utilização de materiais sintéticos e acessórios desnecessariamente.
4. O pós-consumo e o fim do ciclo: O algodão é uma fibra de origem natural vegetal, renovável e biodegradável, e pode ser compostada ou reciclada, se não houver mistura com outras fibras. Como a reutilização de roupas íntimas não é uma prática muito recomendável por questões de segurança e saúde individual, o destino do produto pós-uso pode ser a sobrevida ou o próprio fim da matéria, sem que isso traga grandes prejuízos e consequências ao meio ambiente. Mas acreditamos que a compostagem seja um caminho mais viável para as roupas íntimas pós-consumo. A compostagem do tecido ou malha 100% algodão pode ser feita junto a outros resíduos orgânicos, transformando-se em adubo. O seu processo de decomposição pode ocorrer entre 10 e 20 anos, mas se realizada em condições mais favoráveis, pode ser um processo mais acelerado. A separação do lixo é muito importante para isso ocorrer. As fitas elásticas em geral e acessórios plásticos, devem ser separados porque não são compostáveis, pois são fabricadas com materiais sintéticos como o poliéster, poliamida e o elastano. Já o botão madrepérola, natural das conchas do mar, pode ser compostado junto ao algodão e ao conjunto de embalagens dos produtos Savu, livre de plásticos.
Rastreamento
Nossos produtos são fabricados a partir de uma lógica de produção e distribuição que busca valorizar a indústria nacional, sendo o Brasil detentor de uma cadeia produtiva completa, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. Além disso, buscamos subverter a lógica predominante de produção e distribuição globalizadas na moda, a fim de reduzir os danos econômicos, sociais e no meio ambiente resultantes de uma cadeia amplamente difusa e distante do consumidor final. Por isso, priorizamos serviços e materiais – da matéria-prima principal à embalagem, produzidos no território brasileiro.